sôrrato, atêiro.
manso, moleque, arteiro.
de pé, de chão, menino, não.
de muro pulado, joelho esfolado, chinelo sujo jogado.
pro hoje, mudado. atarê-(sa)-fado.
trocou estilingue, por pasta na mão.
trocou seu amor, sua linda flor...
por três meiamôres, três novos sabores, que juntando, não davam uma só canção.
se fez de forte, (re)aleza.
passa pela vida, só por passar.
apagou passado, passo, dado, peão,
bola, gude, pique-esconde, polícia-e-ladrão.
reescreveu uma vida, seguiu em frente,
esqueceu-se daquela canção.
cantarolava menina-flor, com os olhos transbordando pequenices, meninices e amor:
'vai-te embora, meninôço. levas contigo essa nossa canção. não te esqueças que na verdade, lá fora é faz-de-conta. podes me achar uma tonta, mas te prometo: se fores e voltares, será todo teu meu coração.'
[por Jé-Tchu-De-Cuiabá]
terça-feira, 22 de setembro de 2009
lev ia no coração.
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BIBLIOTECA AMELÍSTICA
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7 comentários:
Assim que a criatividade e a inspiração bateram a minha porta, como duas donzelas me convidando pra sair, eu vou fazer uma música pra essa sua poesia!
É sempre bom ver pessoas que usam a lingua portuguesa além do trivial! Muito bacana!
Abraços!
=D
Palavras combinadas demonstrando amor.
Lindo lindo, Jé.
Escreves bem. Consegui imaginar tudo que você descrevia e agora bem mais bonito que pessoas com narizes sangrando na rua (eu nunca vou parar de falar disso?)
Beijos
Escreve tão bonito, essa menina!!!
Sensacional.
Dá até pra ver po menino correndo em contraste com o futuro homem.
Delícia de ler...
^^
hum... lembra de infância, infância que hoje ja não mais existe.
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