segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Etílicos-amelísticos


Posso sentar num bar qualquer, pela região da Augusta, Frei Caneca e afins. Posso sentar e conversar por horas com pessoas que nunca me viram antes.
Olhar nos olhos, trocar abraços, carinhos, afagos, sorrisos. Olhar no olho de um, até então, desconhecido e sentir confiança nele. Estranho... Ou não. Sair de braços dados, abraçada, com olhar de canto de olho, acreditando que, sim, ali nasceu um algo, uma flor brotou depois de dois anos apenas digitando, fuçando perfis (vidas criadas para agradar), sentir pessoas calorosas, ver pessoas saltitando e me sentir feliz, depois da timidez inicial.
Os sonhos colocados ali na mesa. O grito de : "A Nathalia é das nossas!". A Heineken, os Doritos, as batatas, o pedaço de maçã, uma tal de Saga de 400 anos de história, as fotos, os L's, os corações unidos ali. Nomes, muitos. Nomes que antes eram nicknames. Sensação incrível e indizível.
A mesa do bar ia ficando pequena perto da vontade de conhecer um a um mais profundamente, conhecer o que os corações tanto gritavam, as idéias em comum e as tantas divergências de iéias e ideais. Mas ali, naqueles momentos, eu pude me ser. Eu pude. Sem medo algum de julgamentos. eles ouviram minhas histórias, conheceram um tanto da minha vida. E eu... eu conheci corações maravilhosos.
Sábado, 29 de novembro de 2008.


(originalmente postado após meu primeiro encontro amelístico.)

2 comentários:

Talitta Araujo disse...

coisa mais linda Naty!

Manoela disse...

Ain...mas é minha Supla mesmo. Eu iria escrever o clichê já escrito pela Ta!

"Coisa mais linda, Naty"

Sei lá...no fundo, eu com meus encontros, foi como você nas mesas de bar.

Aliás...nem precisa ir tão fundo.