segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Estar só.



Não fosse por ela e alguns pombos inquietos o parque estaria completamente deserto. O banco embaixo do salgueiro chorão encontrava-se solitário, vazio, descascado. Era, portanto, perfeito para ela, refletia seu próprio estado de espírito. Sentou-se no lado direito quase caindo pelas bordas do banco, e ficou a olhar para os próprios pés... Não lhe diziam nada, eram silêncio como todo o resto.
O vento soprou mais forte fazendo as folhas do salgueiro balançaram, tocaram-lhe o rosto provocando o riso gostoso de quem há muito não ri. Por alguns instantes chegou a pensar que fosse alguém tentando pregar-lhe um susto. Só por alguns instantes chegou a acreditar que voltara no tempo. Pode ver e ouvir os amigos por perto, até sentiu o cheiro das jujubas que compartilharam ali todos os dias após a aula. Mas, como tudo o que é bom na vida, os instantes passaram rápido. Ela voltou a estar só... Sem saber como ser só.
Deitou-se no banco porque assim preenchia melhor o vazio, contemplou o céu entre os galhos e folhas e distraiu-se com os desenhos das nuvens. Aos poucos o vazio foi diminuindo e virou vapor de sonhos fervendo na panela. Perguntou-se se mais alguém em algum lugar do mundo podia ver o que ela via: um céu azul como plano de fundo, crianças pulando em uma amarelinha infinita e incontáveis sorrisos sinceros. Tudo feito de nuvens e recordações.
Passado algum tempo levantou-se e apanhou um graveto que estava caído no chão, caminhou um pouco até encontrar o campinho de futebol que como tudo, parecia abandonado. Desenhou ali sua amarelinha. Pulou até chegar ao céu.
Às vezes, tudo o que se precisa é uma dose de solidão. Uma só que é para não enjoar, que é para ninguém tornar-se hipocondríaco.

estranho mundo - parte quatro

perdeu alguma coisa? parte um - parte dois - parte três

"come mothers and fathers/ throughout the land/ and don't criticize/ what you can't understand/ your sons and your daughters are beyond your command/ your old road is/ rapidly agin'/ please get out of the new one/ if you can't lend your hand/ for the times they are a-changin'." (bob dylan, the times they are a-changin')

chamava-se oswald. e era o bandido mais procurado do país.
quando nasceu, no verão de mil novecentos e sessenta e três, os beatles haviam alcançado o topo das paradas britânicas pela primeira vez com o single please please me, e joão goulart assumia a presidência do governo brasileiro - cargo que perderia um ano depois por um golpe militar. foi também naquele ano que o presidente norte americano john f. kennedy havia sido assassinado à queima roupa por lee harvey oswald, enquanto circulava em seu automóvel ao lado do governador do texas, em frente à praça dealey, na cidade de dallas. embora não aja antecedentes que confirmem o fato, especula-se que a mãe do bandido mais procurado do país, uma professora particular de matemática, havia achado o assassino do presidente norte americano muito parecido com seu tio mais velho, morto por afogamento dois anos antes, e resolvera homenagea-lo colocando o seu nome no filho que estava para nascer.
o pai de oswald era um marinheiro português que havia atravessado o mundo deixando uma mulher grávida em cada porto que passava. embora estivesse completamente ausente da sua criação, o menino levava aonde quer que fosse uma carta enviada por ele, sua única referência documentada, que narrava suas aventuras de marujo em algumas ilhas perdidas do continente africano.
oswald passara uma infância solitária na companhia de histórias em quadrinhos e livros sobre a evolução das espécies. era um aluno exemplar e normalmente impressionava as outras pessoas com sua capacidade de memorização. aos dezesseis anos conhecera kurt wagner, o personagem noturno da série x-men, e começou a colecionar cada exemplar lançado pela marvel comics no brasil. não tinha amigos e a relação com sua mãe havia estremecido desde que ela inventara de casar com o dono de uma oficina mecânica. as outras pessoas evitavam o contato com oswald. havia alguma coisa de errada com o timbre da sua voz, na sua maneira de se vestir e na postura em que permanecia sentado na sala de aula. um dia, a caminho de casa, recebeu uma surra de um grupo de pessoas que o consideravam estranho demais para um convívio pacífico. a partir daquele momento desistiu da humanidade, e resolveu abandonar os super heróis das histórias em quadrinhos para se transformar num vilão.
no dia em que oswald saiu de casa para morar num quarto de pensão no centro da cidade, um outro atentado contra uma importante figura de estado havia acontecido. dessa vez um terrorista turco chamado mehmet ali agca - membro da frente popular para a liberação da palestina - quase matou o santo papa. oswald, a criança com um futuro promissor que anos antes havia vencido as olimpíadas estaduais de matemática e que tinha adquirido uma anti socialização graças a uma infância triste e solitária, passou o inverno de mil novecentos e oitenta e um arquitetando um plano maquiavélico para excluir todas as crianças da face da terra. com um sobretudo marrom, desses usados pelos grandes detetives e pelos jornalistas americanos da década de cinquenta, um chapéu na cabeça, uma máscara e uma pistola na mão, oswald invadia as principais escolas do país, sequestrava os estudantes e matava friamente um por um, até sumir misteriosamente como se tivesse adquirido os poderes que o seu personagem favorito das histórias em quadrinhos possuía.
e assim passaram-se os anos e oswald percorreu cada grande cidade brasileira aniquilando milhares de crianças, sem que o serviço de inteligência, a polícia ou o exército pudessem fazer alguma coisa. não havia rastros. não havia imagens da verdadeira identidade do assassino, que era chamado pela imprensa como junior, em referência ao personagem da música bad boy, composta pelo americano larry williams, e gravada pelos beatles no sexto álbum da banda. oswald demorava os exatos dois minutos e dezenove segundos que duram a música na gravação dos rapazes de liverpool para assassinar todas as suas vítimas, colocadas normalmente uma em frente a outra nos ginásios das escolas. e enquanto aniquilava aqueles estudantes, programava para que bad boy tocasse bem alto no sistema de som.
naquela manhã do dia dez de abril não havia nada que pudesse dar errado. iria invadir o portão da escola sem que percebessem e sequestraria um ou dois alunos, exigindo para que os demais se enfileiracem no ginásio. e então avistou aqueles dois repugnantes adolescentes jogados um sobre o outro no pátio do colégio e caminhou lentamente na direção deles, formando uma nuvem negra sobre os seus corpos. o terror estava pra começar.

domingo, 27 de setembro de 2009

"Sinto que é como sonhar" [Salvador setembro]

Penso que todos os meus sonhos hão sim de se realizar, talvez se trate de um otimismo exagerado entretanto é isso que me leva pra frente, é o que me faz seguir, uma espécie de norte que faz acreditar que se está no coração é por que é possível.
Apesar disso, realizar sonhos não é algo com que eu esteja totalmente adaptada, há bem pouco tempo "acordei" de um dos sonhos mais bonitos que vivi, e que me fez esquecer que as vezes a vida pode ser cinza. Há quase dois anos o colorido que se pinta na minha vida quase sempre é obra desses "seres traquinas" sim, dos amelísticos, que entraram na minha vida com a autoridade de quem avisa que dela não sairá e com os sorrisos, ah, os sorrisos mais lindos que conheci e abraços mais sinceros que já ganhei.
Conhecer Salvador estava há mais de um ano em nossos planos (meu e de rafa, amiga e minha companheira de aventura) nesse tempo centenas de e-mails, scraps, mensagens sms com combinações até o dia em que as passagens foram compradas, começava ali a contagem regressiva, em que depois do 1 viria o abraço da nossa Dora e de Vitor. Pois que Salvador não tinha sido escolhida por acaso é a terra de Dó, Vitor e de tanta gente linda.
Dora eu conheci num píc nic amelístico aqui em são paulo em maio de 2008
e se tornou minha amiga desde então, Vitor eu ainda não conhecia mas sempre me disseram que era super gente boa além de ser o primeiro amelístico que Rafa conheceu na comunidade. Depois de mais de dois anos Rafa ia finalmente conhece-lo, não era qualquer emoção, era um sentimento de visita tão sonhada de poder abraçar quem a gente tanto lamentava estar longe. Quem vive esse lamento de ter algum amigo longe sabe bem como é, sabe que a distância faz apertar o coração e que quando o outro precisa de um abraço faz querer pegar o primeiro avião pra poder estar perto, distância que as vezes faz até chorar de saudade do abraço que sequer conhece.
Dia 15 de setembro saí de São Paulo e cheguei ao aeroporto Vira Copos em Campinas com horas de antecedência (ansiosa eu? imagiiiiina!) fiquei ali esperando Rafa que logo chegou, feito o check in uma olhava pra outra e repetia a expressão "a gente tá indo mesmo!" totalmente incrédulas de que chegara o dia do nosso sonho e que a partir dali a nossa única tarefa era abrir olhos e viver aquilo.
Depois de 2 horas de vôo chegamos em Salvador, o coração não queria parar no peito, na verdade pulava numa ansiedade gigante, assim que desembarcamos vimos co
m uma plaquinha na não escrita "INOX s2" a nossa Dora acompanhada de Nai (amiga incrível da nossa Dózinha). O momento do encontro eu descreveria como abraçar alguém que você ama, simples e lindo assim! Com Dora tremendo ainda com a emoção do encontro ali em sua terra e Rafa e eu ainda bobas com o fato daquilo tudo estar finalmente acontecendo.
Dessas coisas que você precisa viver, quem tem alguma história de amizade na prazeres sabe como isso é bonito e quase que inacreditável, sabe como é preciso sentir pra crer.
A primeira noite em Salvador começou como acabaram todas as outras que se seguiram com amigos em volta de uma mesa de bar batendo ótimos papos, com risadas e boa música entoadas quase sempre por nós mesmos e com direito a foto do coração, (a prim
eira de muitas) um coração com os nomes de pessoas tão amadas e que estiveram com a gente durante todo o tempo.
Os dias seguiram cheio de encontros e momentos especiais como o primeiro abraço entre Vitor e Rafa, que finalmente se conheceram, coisa mais linda de se ver e alegria em poder estar ali pra ver o abraço dos dois. Além das noites no Rio Vermelho comendo acarajé da Dinha ou dançando no "baile esquema novo" Vitor, Dora e os amigos nos receberam de um jeito tão bonito, tão especial que era como se a gente estivesse em casa.
No domingo dia 20 acordamos às 09 da manhã após dormir cerca de 3 horas, entretanto ninguém se importava, era dia de pic nic amelístico! Pic nic combinado durante mais de um mês na comunidade e que contava com participações como a de o Israel nosso intérprido curitibano que chegou na sexta-feira e foi levar seu abraço também no pic nic, este com direito a tchu tchu, a novos abraços e sorrisos, a bons papos sobre música, a apresentações no estilo "quem sou eu" além de ótimas comidinhas. Acostumada com o clima que permeia os en
contros após tantos pic nics em São Paulo por um momento senti o mesmo que senti no meu primeiro pic nic, fiquei ali olhando o papo, os olhares tímidos, a essa altura
acreditando em tudo que estava vivendo e já com o lamento de que a viagem estava acabando. Talvez por afeição confesso, mas acho pic nic amelístico sempre especial, com duas ou com 40 pessoas sempre rende pelo menos uma boa história ou por ventura uma grande amizad
e e o de Salvador por tudo que representava foi mágico! O pic nic foi chegando ao fim, e foi diferente e também triste dar tchau a pessoas que sei que vou demorar ainda um tanto a reen-
contrar, agradecida me despedi do picnoso que teve seu final com um sorvete na ribeira e mais
tarde (mais) acarajé na Cira.
O tempo dessa vez não pediu sequer licença, na segunda-feira percorremos o Pelourinho, fomos ao Mercado Modelo, ao Elevador Lacerda e terminamos a noite como foi nossa chegada, numa mesa de bar contando histórias, ouvindo música e com uma certa dor que acompanha até hoje, a da despedida. Abraçamos Vitor, Israel e seguimos pra casa da Dó, que é preciso dizer, foi o nosso anjo durante a viagem e que apesar de exausta após 7 dias de tantos passeios não deixou de nos dar atenção e que fez a gente respirar amor durante todo esse tempo.
Terça-feira o vôo marcado pras 11:50, o dia ia ser corrido, Rafa e eu acordamos e deixamos Dó descansando, segui com Rafa pra praia, nos despedimos da Bahia tomando banho de mar numa promessa silenciosa de que voltaríamos, ainda encontramos o irmão de Dora que estava a caminho da aula e que se despediu pedindo desculpas por qualquer coisa (a gente é que deveria dizer isso rs )e dizendo pra gente voltar, pois é, vale dizer também que o irmão e tio da Dó (que ainda nos deve a receita do doce de tapióca com côco) também foram incríveis conosco! Fomos pra casa (a essa altura já era também um pouco a nossa casa) e com Dora seguimos pro aeroporto, o caminho quase todo em silêncio, de vez em quando as três trocavam olhares com uma dor comum, algo que a gente queria tanto postergar mas que já estava ali, chegamos no aeroporto e descobrimos que Vitor infelizmente não ia conseguir chegar a tempo pra se despedir, mesmo assim foi tão bonito ainda que por telefone, Dora e eu ficamos ali sorrindo e emocionadas junto com a Rafa que chorava ao se despedir do amigo de tanto tempo e mesmo conhecendo Vitor há pouco tempo eu sabia que do outro lado da linha ele devia estar desmanchando em choro também. Pois Dora estava ali nos olhando com aquela cara de despedida com os olhinhos de quem já tinha chorado tanto e que em cada abraço voltava a se emocionar, penso também que despedidas só devem mesmo existir por que sem elas não há encontros pois fosse diferente seria muito bom poder não sentir a dor de se despedir de alguém que a gente ama.
Nos abraçamos e embarcamos rumo a São Paulo, duas horas depois me vi acordada de "um sonho bom que veio", com uma dor sem fim de saudade da convivência diária e de tudo que vivemos, mas com as mais lindas lembranças, palavras, sorrisos, abraços, brincadeiras enfim, dias que eu vou levar comigo pra toda a vida, pois essas pessoas fazem parte do que eu sou, são o que de mais bonito há em mim. E quando Chico pergunta na canção "O que será, que será?..." pensando neles respondo com propriedade: É amor!


Top 10 do VJ™

É bem complicado resumir um gosto musical tão variado em apenas 10 músicas...

...mas enfim!

Espero que gostem e se divirtam bastante...\:D´



01 - Bela Fleck and the Flecktones - Stomping Grounds (Live)
02 - Breaking Benjamin - Until the end
03 - Daúde - Quatro Meninas
04 - Days of the new - The Down Town
05 - Dream Theater - Hollow Years
06 - KT Tunstall - Black horse and the cherry tree
07 - Metallica - The Four horsemen (Gold Version)
08 - Nouvelle Vague - Too Drunk To Fuck
09 - Steve Lukather - While my guitar gently weeps (The Beatles/Cover Live)
10 - The Cooltrane Quartet - Should I Stay or Should I Go (The Clash/Cover)


Oi, Amélie
É sempre bom passar por aqui , porque encontrar amigos é bom demais!
Recebi a visita de duas amigas queridas este final de semana.Foi corrido mas foi ótimo.
Amizades devem ser brindadas com o que temos de melhor.Acho que todos deveríamos receber os amigos de longe com a maior dedicação possível, afinal eles estão em outras terras que não as deles. Ficamos sempre vulneráveis em outro lugar que não o nosso.Por isso acho que é uma obrigação nossa - de quem é amigo mesmo - recepcionar bem quem vem de fora.Eles levam pra casa mais que uma mala cheia de lembrançinhas compradas aqui e ali , mais que fotografias de lugares bonitos. Levam a certeza que podem contar com o outro.Levam risos na memória , abraços na alma e saudades no coração. Fui muito bem recebida quando fui visitar alguns amigos e ,desde então , faço o possível para retribuir , fazendo o mesmo a quem me visita. Porque é muito fácil amar por palavras , mas é nos gestos que vemos o coração.
Agora preciso ir .O café estava ótimo mas tenho outros amigos pra encontrar.
Beijinhos!

Escrito por: Marcia Mello

sábado, 26 de setembro de 2009

A Arte de Ser Feliz


"Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde, e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Ás vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim."


Cecilia Meirelles

Não sei em que categoria se enquadra esse post, nem se se enquadra em alguma haha mas, como o dia ja está acabando e ninguém postou nada hoje, resolvi deixar esse 'textinho' aqui.
Gosto muito dele e espero que vocês também gostem.
No mais, ele diz por si só o porque de estar aqui.

=)


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sexta-feira, 25 de setembro de 2009


“A palavra é um barril de pólvora”.
Maiakovski

ESTRÉIAS DA SEMANA (25/09)

Pacto Secreto
Suspense - 16 ANOS

(Sorority Row) EUA, 2009. Direção: Stewart Hendler. Com Briana Evigan, Leah Pipes, Rumer Willis.

As jovens Cassidy, Jessica, Claire, Ellie e Megan são irmãs de uma fraternidade em uma universidade, que juraram entre elas sigilo, companheirismo e solidariedade, não importa o que aconteça. Mas sua lealdade é testada quando uma brincadeira em uma festa dá errado e Megan acaba brutalmente assassinada. Em vez de confessarem o crime e correrem o risco de destruir seu futuro, as amigas concordam em ocultar o cadáver e manter segredo para sempre. Passado um ano as garotas decidem realizar uma festa de despedida na casa da fraternidade, confiantes de que seu tenebroso segredo continua enterrado. Mas, enquanto a festa acontece na casa, as garotas recebem vídeos em seu celular com cenas da noite do assassinato de Megan, de um remetente anônimo que ameaça repassar os vídeos para a polícia. Em seguida, uma por uma começa a ser perseguida por um misterioso assassino.



Jogando Com Prazer
Comédia/Romance - 16 ANOS
(Spread) EUA, 2009. Direção: David Mackenzie. Com Ashton Kutcher, Anne Heche, Maria Conchita Alonso.

Para Nikki a vida é um jogo bem simples. Ou você é a caça ou o caçador. Ele se considera um cara muito esperto e sabe que a beleza e juventude são suas melhores cartas. Freqüentando grandes festas nos melhores clubes e nas maiores mansões de Los Angeles, ele passa os dias e as noites aproveitando o melhor que a vida pode dar. Com Samantha , sua última conquista, ele ganhou tudo que sempre sonhou. Porém ao encontrar Heather, uma sedutora garçonete, ele descobre que as regras do jogo acabaram de mudar e agora ele vai ter que decidir se vai querer continuar jogando.



Pequenos Invasores
Aventura/Infantil - LIVRE

(Aliens in the Attic) EUA, 2009. Direção: John Schultz. Com Ashley Tisdale, Robert Hoffman.

Para terem um tranquilo fim de semana em família, os Pearsons decidem viajar para uma distante casa de três andares. Eles, porém, não imaginam quantos problemas podem ter. Ainda mais depois que uma chuva de estranhos meteoros cai justamente na região em que o pai, Stuart, escolhe para levar sua esposa Nina, os filhos Hannah, Tom e Bethany, além do tio Nale, a vovó Rose, Jake e os irmãos gêmeos Art e Lee. Dentro desses ovnis estão os Pequenos Invasores alienígenas Skip, um comandante durão, Tazer, um soldado musculoso e cheio de armas, a letal Razor, e o inofensivo Spark. Com o poder de dominar a mente dos humanos, os aliens tentam descobrir uma forma de dominar o planeta Terra. Assim, eles logo hipnotizam Rick, o namorado de Bethany que decidiu visitá-la às escondidas, e o comandam para que o rapaz ajude neste terrível plano. Quando percebem que apenas os adultos são afetados pelos poderes extrasensoriais dos alienígenas, as crianças decidem se unir e fazer de tudo para salvar o planeta, enquanto os pais sequer desconfiam do perigo que estão correndo.



Entrevista- Caroline Pizzine/ talibã


Três dias de entrevista com essa moça povo!
Infelizmente (ou felizmente) não terei como colocar tudo e nem as sensações, os risos, enfim...
Foram três dias de entrevista fantásticos! Descobri uma Caroline que eu nem imaginava... E a Jé Tchu super foi a entrevistadora convidada para me ajudar, e que ajuda! Eu passava mal...
Então aí vai gente! Espero que gostem do trabalho (por que da Carol quem não gostar é por que tem algum problema digologo)
PERFIL DO ORKUT

[preparações e talz]
Nina:Carol, seu nome todo mundo já sabe mas me diga, quantos anos vc tem?
Caroline : 22, a idade do maluco!
N:quando você era mais nova vc pensava na Caroline adulta (22 anos)?
Caroline:Não, eu fui idiota até bem velha assim. Eu era bem bocó, coisa de atleta e tal. Só fui curtir depois que me aposentei.
Jéssica: Bocó como, caseira e bibibibi? [precisei colocar o bibibi da Tchu]
Caroline: Bocó! Primeiro porque era feia [super mentira dela], e outra porque a gente nao podia fazer nada, treinava de manhã antes de ir pra escola, e de tarde quando voltava. E fim de semana treinava até de tarde, então não dava pra fazer nem pensar em muita coisa. e os meus amigos eram bocózoes também.
J: E qual esporte praticava?
Caroline: Natação!
N: Desde quando treina natação? Você que quis desde sempre?
Caroline: Desde os 7, nadei no fluminense, no vasco e na seleção! Parei com 17 por conta de um bursite no ombro esquerdo... Sempre, me amarrava, era legal!... Eu tive muito de infância por conta da natação! brinquei até, sei lá, uns 15 anos.
J: Você acha que por estar aproveitando mais agora foi 'melhor assim'?
Caroline: Ahhhh, a gente nunca sabe. Mas as coisas são do jeito que tem que ser. sou feliz assim, como era feliz na época que nadava. As coisas vão acontecendo e a gente vai aceitando, sabe, cada dia é diferente! A gente cresce, amadurece. A vida muda, os interesses mudam...
N: Como a gente cresce e amadurece eu vou perguntar uma coisa, sua infância foi longa, mas e assim... Quando começou a sua adolescência, gatinhos e talz?
Caroline: Ih, lá pelos 16, antes eu já dava uns beijinhos, mas nada demais. Só fui dar com 18 anos. Aí depois desembestei também né?
[risos]
J:E foi pra namorado?
Caroline:Não!
N: O primeiro não?
Caroline:Foi pra um desconhecido, no carnaval, e era meu aniversário! Mas foi melhor assim, pelo menos nao tive que fingir pra ele que tava gostando.
J:Toda vez que você comemora seu anivesario, você comemora também o fim da sua virgindade! Que belezinha!
Caroline:Também, sempre trepo no dia do meu aniversário!
N: Dia de aniversário e signo? (só para os leitores fanáticos com signos)
Caroline: 25 de fevereiro, Peixes com ascendente em áries!
J:E você se liga muito nessas coisas?
Caroline: Não. Na verdade porque eu não me pareço em quase nada com o meu signo, mas uma vez fiz um mapa astral desses grátis online e foi tipo uma porrada na cara. Porque era muito parecido, e realmente, meu ascendente me guia praticamente. É claro e obviamente que meu lado peixes existe sim. Sou mala, carente e chorona, mas nem mostro pra todo mundo.
N: Esse não mostro pra todo mundo é o ascendente gritando! [ariana falando]
N: Profissão?
Caroline: Sou professora, de criança pequena!
N: Você decidiu quando ser professora?
Caroline: Quando meu pai ficou desempregado e a gente ficou sem grana, tinha que ajudar, sabe? Eu tinha 15 anos.
J: Vocês são em quantos em casa?
Caroline: 3. Pai, mãe e eu, e na rua da frente mora minha dinda, meu tio e minhas prirmâs, vivemos em comboio!
N: E agora que vai casar vai morar distante como acha que vai ser?
Caroline: Vai ser diferente, mas não muita coisa, às sextas vou vir dormir aqui, porque é dia de centro!
N: Você é filha de quem?
Caroline: Oxum e Oxossi, já fui chamada de tudo na comuniade, inclusive de serva de satã, então, caguei um quilo! Ah cara, criaram um fake, falaram horrores! Falaram que a Nicolle era minha filha e que ela era "doente" porque eu era macumbeira e tal, e que eu era uma piranha, blá blá blá, eu fiquei MUITO chateada, mas muito mesmo, quase saí do orkut por conta disso, mexer comigo, me chamar de piranha e talz eu juro que nem ligo, mas ela nao tinha nada com isso, sabe?! Mas enfim. Que morra!
N: A Nicolle é filha de quem? Já que estamos falando dela, e que quem vê seu orkut super se delicia com as fotos dela!
Caroline: Da minha madrinha, que é irmã da minha mãe. Que é minha segunda mãe, ela é minha prima!
N: Você é carioca mesmo?
Caroline: Sou, nasci no méier! (suburbana desde sempre)
J: E você trocaria o rio pra morar em algum outro lugar?
Caroline: Salvador! Morei lá 2 meses quando trabalhei no zoo, e me apaixonei completamente! Foi um encontro, me encontrei, Caroline, em Salvador! Me senti, mais do que em qualquer outro lugar, em casa!
N: Te vejo tão carioca engraçado! Sabe carioca malandro?
Caroline:[risos] Sou bem menos malandra do que pareço, já fui mais, quando era solteira, a monogamia muda a gente...
J: Em outras férias nunca mais viu o teu desvirginador?
Caroline: Não, nunca mais!
N: Você quer ter filhos?
Caroline: Sim, um dos meus sonhos é ter a minha família!
N: E como surgiu pra você a Amélie Poulain?
Caroline: Entããããããão! Eu vi o filme logo que estreiou, adorei!
E a primeira coisa que pensei. Nossa... que voyer filhadaputa, cheia das maledicências! Aí entrei na comunidade, e um dia, resolvi participar, no fim de 2007! E nossa... fiz grande amigos lá! Mas obviamente, muita gente me detesta, ah, claro, fui expulsa!
[risos]
N: Foi? Por que?
Caroline: Mas depois me aceitaram de volta! Por um tópico que foi aberto, para perguntar qual era o problema na PAP e tal, aí, eu bocuda, falei horrores... Que apagavam as minhas postagens, que eu não podia falar "Pênis" que não era amelístico, mas tudo na minha delicadeza de sempre... No fim das contas... eu fui expulsa! Por recriminar a ameliciedade. Porque o filme tem um contexto pra cada um, infelizmente, ou felizmente, sei lá. A minha concepção do filme é diferente da maioria.
N: Qual é a sua concepção?
Caroline: Que a Amelie é voyer, má e um tanto quanto egoísta. O cara é meio babaca, eu nunca sairia com ele. Eu gosto do contexto do filme. Achei legal, bem bolado. Ela doente mental, fazendo as coisas pra se satisfazer com a desculpa que é pros outros.
N: Concordo!
Caroline: Muita gente ali faz tipo, e é um tipo escroto! "Ai, eu sou linda, a vida é linda, a bahia é linda, caetano é lindo!" Ah pro caralho né?
N: E isso é o que mais te irrita na comunidade?
Caroline: Na verdade nada me irrita mais do que citarem meu santo nome em vão. Tipo quando o B. fez, ou quando o fake fez, tudo bem que o B. nao falou meu nome, mas foi suficientemente escroto falando do meu post anterior... Às vezes eu tô quietinha, numa fase tranquila, aí vem um imbecil e cutuca a onça com vara curta, aí eu mando tomar no cú, se fuder. blá blá blá... E eu que sou má!
Eu podia muito bem ser jujubete achar tudo lindo! e quando menos esperar, dar uma porrada na cara de um amigo "delicadamente"... Mas eu não sou assim oras. O que é bonito é bonito e o que é feio é feio e não adianta usar meias palavras.
N: Você acha que de alguma forma a PAP influenciou em coisas na sua vida?
Caroline: Claro! A gente sempre acorda já conectando pra saber os babados do dia anterior, fora que assim, eu fiz amigos pra vida toda lá! Edu, Jana, Fer, Ni, Ana Cravo, Marianna, Estellinha, Manu... São pessoas sensacionais! E que eu fico muito grata por terem aparecido na minha vida!
[pausa do 1° dia]

[Ai quem acompanha a comunidade viu aquele fake idiota na terça-feira 22/09]
N: Então Caroline, como aconteceram babados fortíssimos eu gostaria que me falasse um pouco sobre os Talibãs...
Caroline: Então, vamos lá. Os talibãs surgiram em um pós almoço aqui na minha residência, por conta do tópico Namoro Temporário e nossas discussões com algumas pessoas, aí ficamos obviamente vistos como os encrenqueiros da PAP (que nao deixamos de ser)
N: Quem são os Talibãs?
Caroline: Atualmente são: Eu, Edu, Jana, Burack, Ana Cravo, e André Pooh. Os últimos dois sumidos por motivos pessoais. Mas isso foi se perdendo. Nosso tópico ficou de lado, por nós mesmos. Temos nossas implicâncias, cada um com a sua. E todos pelos outros. Aí criamos um tópico onde a gente falava sacanagem, mal dos outros, essas coisas, e tinha uns encostos que se manifestavam de vez em quando
J: Tipo, falavam abertamente.
Caroline: é
[entramos num assunto de bolinhas que esquentam e esfriam]
Caroline: O diametro é menor do que o de um pinto né Nina
N: O que falou das tais bolinhas? [no tópico dos Talibãs]
Caroline: Falei que era maneiro, mas era foda, que depois ficava vazando colorido, espirrava e saia um negócio colorido de dentro de você, o povo quase morreu de vergonha, como se nuuuuuuuunca tivessem trepado na vida!
N: Ah... Então os Talibãs são os Deuses da discórdia amelistica?
Caroline: Nem sempre, muitas vezes estamos quietos e o povo vem mexer conosco, porque somos meio Marcia Goldschimit
J: Ou os talibãs eram aqueles que não ligavam pro que a galera achava?
Caroline: Também tem isso! É aquela coisa, eu dou gente, gosto de trepar, qual o problema em falar sobre isso?
(Eu nunca transei com meninas antes que perguntem. Nem nunca fiz suruba!)
J: Então, se o bofe traz uma amiga... e bibibibi... Você não ia se ofender?
Caroline: Assim, nao sei se rola sangue frio o suficiente pra ver o bofe comer outra!
N: Mas você comeria?
Caroline: Eu nunca pensei nisso, mas acho que não, sabe? É foda, tenho uns medos assim, de tipo, depois de casada ficar me vetindo de empregadinha com espanador no cu, sabe? [eu não entendi] Sei lá, minha intimidade com ele é uma coisa que eu prezo muito. Não sei se dividiria isso com alguém... Eu pareço piranha mas sou fiel, gente!
J: Aproveitando, sexo no relacionamento... representa QUANTO pra você?
Caroline: No início do namoro era assim... 99%. Hoje uns 50%... A gente vai substituindo aquele tesão incontrolável por outras coisas né? Amor, carinho, cumplicidade, mas assim... Mas de uma semana sem... Não da cara...
J: E, desde o começo... Vocês tem um papo aberto sobre sexo?
Caroline: Mais ou menos, hoje conversamos bastante, mas no início era difícil, por conta de experiencias anteriores dele... Eu já era assim! Namorei um broxa antes dele, foi barra, terminamos por causa disso...
J: E rolou aquele pensamento: 'a culpa é minha'?
Caroline: Não! ...Aí antes do broxa, namorei um advogado com o maior pau do mundo, mas nao era bom, e ele parecia o mestre yoda, só nao era verde, e antes dele namorei um cara que descobri depois que era gogo boy, mas ele era gato! Só que tinha muitos complexos pq eu era novinha...
J:Tia carol, namorar ou ficar?
Caroline: Namorar! Quando eu não namorava, usava o PA... [pau amigo, pra quem não sabe (eu aprendi no chat)]
N: Que lugares diferentes você já teve relações sexuais?
Caroline: Hum, na praia [ela não gostou], no carro, em um drive in, umas coisinhas básicas na Av. Brasil voltando pra casa, ah gente, no banheiro, na cozinha, na sala...
N: No geral, fale de coisas que te agradam!
Caroline: Hum... Difícil! Muuuuitas coisas me agradam:
Um telefonema, um beijinho no pescoço, acordar e ver ue posso dormir mais um pouquinho, festa, música sem noção, samba, original com aipim frito, meus amigos, o respectivo, minha família!
[rolou um comentário sobre a cerveja, e coisas em off... Na sequência...]
Caroline: Eu resolvi viver aos 17 quase 18! Tomei uns porrezinhos por aí, vomitei nos coleguinhas, mas a gente aprende... Mas ainda me perco na Amarula, o respectivo que gosta, porque eu fico como, né? (na garupa do bozo)
[Alguém comentou que cú de bêbado não tem dono e a Carol disse que o dela tem!]
J:Falando no dito, você é adepta da prática? [nem quero comentar a prática, mas acho que esta claro né?]
Caroline:Sou! Não era não, mas depois, fui gostando, apreciando...
N:Não dói muito?
Caroline:Não, fiz um curso de massagem tantrica, então... Não sou a maga do kama sutra... Mas aprendi várias coisas que são legais, que fizeram bem pra nossa vida sexual!
[como eu sou tímida eu devo ter falado de alguma coisa pessoal e ela respondeu...]
Caroline: Ah Nina. Sei lá... Nunca tive vergonha de mim, aí me ajuda a nao ter vergonha dos outros...
[eu fiquei com vergonha e super desconversei...]
N:Que filmes você gosta?
Caroline: Desenhos, infantis, musicais, comédias, romances, qualquer um com derramamento de sangue, mas tem que ser muito, tipo Jogos Mortais!
N:E livros? ou autores mesmo?
Caroline: Garcia Marques, Quintana, Cora Coralina, Augusto Cony, mas a minha preferida, ainda é a Virgínia Wolf, é que assim, eu simplesmente leio tudo, até bula de remédio, tem livros que eu acabo e falo: Caralho, que livro bom. Mas tem outros que eu acabo e não faz a menor diferença...
N: Ex? [eu havia perguntado um exemplo, mas ela entendeu ex-namorado hehe]
Caroline: Legais, ainda falo com eles...
J: E o digníssimo, nao tem ciume?
Caroline: Tem do yoda, do gogoboy e do broxa não tem não, mas morre por conta do PA
J:E traição? o que você pensa sobre?
Caroline: Complexo... Assim, traição pra mim é ter outra família, trepar com outra pessoa pode acontecer, traição é a mentira esticada, sabe? (Assim, nao quero saber se ele trepar com alguém. Mas também sei que isso pode acontecer, afinal todos temos necessidades fisiológicas...)
J: Você acha que a carne é fraca?
Caroline: A carne é fraca! A minha é, a de todo mundo é, mas acontece que quando resolvemos impor uma monogamia a nós mesmos estamos contrariando nosso instinto, é aí que acontecem nossas puladas de cerca...
N:Você acha que é uma coisa do carioca ser despojado assim?
Caroline: É sim, mais malandro, porque é mais sociável que o paulista, é aquela coisa de conversar na fila da padaria. [ui]
N:Você acha que existe essa rixa de carioca e paulista?
Caroline: Existe, eu tenho, eu gosto de alguns paulistas, mas nao gosto de como a grande maioria se porta, essa coisa de ter que andar arrumado, de nao conversar com as pessoas, da grosseria que é no metro... [ui]
N:Você odiaria os curitibanos então? [por que mesmo eu fiz essa pergunta?]
Caroline: Odeio, juro! (desculpaê Nina)
[Tudo bem, eu sou só uma paulista-curitibana]
Caroline: Mas eu converso com todo mundo no meio da rua
N:Eu também! [hunf]
Caroline: Bom dia, boa tarde, boa noite, tudo bem com você?!
O rio é meu lar!
[dessa vez a Jé Tchu desconversou... (não gente, não teve climão)]
J:Futebol tia Carol! Tem algum time do coração?
Caroline: Não sei nem o que é escanteio!
N:O que vc acha dos compositores cariocas?
Caroline: Morro no Diogo Nogueira [risos, que eu nem entendi],dava fácil, mas assim, eu gosto dos compositores cariocas, gosto do swingue que só os cariocas tem, tipo Beth Carvalho, fundo de quintal, Arlindo Cruz, Martinho da vila, é dificil encontrar isso em outro lugares... Apesar de eu ainda gostar de sertanejo... Sim, eu gosto! Eu sou bem esquisita musicalmente...
[aí vieram as partes das revelações de todo mundo em off]
J: Lua de mel, vai pra onde?
Caroline: Tailândia, eu acho! Ou Quênia! Ainda não decidimos, na verdade...
Meu sonho era que o Sergio Mallandro cantasse no meu casamento, mas ele é caro... Não tem serginho nem Magal, aí tem eu, pronto!
[pausa do 2° dia]
[burburinhos pré entrevista e talz]
N:Por que ser tão linda?
Caroline: Mamãe passou açúcar em mim!
N e J: Diz aí uma música da sua infância e uma que te defina?
Caroline:Hum, tema da minha infancia?!
Lindo Balão Azul, e música que me define? Nao tem uma específica, sou de momentos.
Mas adoro quando a Teresa Cristina canta: "Eu sou assim, quem quiser gostar de mim, eu sou assim..."
N e J: Considerações finais!
Caroline: Foi sensacional dar a entrevista pra vocês. Um dia espero encontrar vocês duas em um boteco para brindarmos com cerveja e enchermos a pança de aipim frito!
N: Fala alguma coisa pro povo que vai te ler!
Caroline: that's all folks
(entra o presuntinho)
Ah... Nada mais justo do que falar... paunocudetodomundo!
N: Eu to te lendo nem quero isso...
Caroline: AINDA minha cara, AINDA.
[risos maléficos]
Caroline: insones.com
N: Vamos te entrevistar de novooo
Caroline: Ano que vem! Mas aí eu serei pop... Vou dizer que nao falo da minha vida pessoal
"...garota eu vou pra californiaaaaaaaaaaaa
viver a vida sobre as ondas
vou ser artista de cineeeeema
o meu destino é ser staaaaaaaaaar..."



É isso aí galera...

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Tem dia que é pra sempre.

É... alguns dias parecem que jamais vão ser apagados da nossa memória e hoje eu queria falar sobre um desses dias.
08 de Dezembro de 2007. Era um sábado. Peguei um ônibus por volta da meia noite na Rodoviária Novo Rio (no RJ) rumo a Rodoviária do Tietê (em SP).
Comigo, uma amiga - a Dani - que estava na viagem por causa de uns amigos dela de SP e do show de 4 anos d'O Teatro Mágico, e eu ia pelo mesmo motivo do show e também pra conhecer pessoainhas lindas da PAP que até então só tinha visto através do monitor do meu computador.
Chegamos em SP por volta das 6h da manhã, pegamos o metrô e fomos direto para o hotel, onde tinhamos feito reservas. Chegando lá... uma surpresinha: só poderiamos entrar nos quartos depois do meio dia, que era a hora do check-in. Bom... e 'agorajosé?'. Fomos caçar um lugar para comer. Andamos... Andamos... Andamos, com mochilas pesadas e o cansaço e fome da viegem nas costas, e... voltamos pro hotel sem sucesso em achar um local para comer. ¬¬
Resolvemos ficar na recepção, esperando o milagre de alguém fazer o check-out mais cedo. Liguei ou mandei msgs para o Leandro, e ele se encaminhou para o hotel, chegou lá por volta das 10h, acredito, e foi o primeiro momento inesquecível da viagem! O Leandro chegou e me ligou "estou aqui fora" e foi quando eu olhei para a rua e disse "tô te vendo! *-* tô aqui dentro", ele entrou no hotel e... pensem num abraço forte! Conheci o primeiro amelistico amado de SP! \o/
Bom, conseguimos subir para o quarto por volta das 11h da manhã, finalmente, e tomamos banho, para encontrar o resto do pessoal no Ibirapuera.
Enquanto tava terminando de me arrumar eis que alguém bate na porta do quarto, minha amiga foi abrir a porta [pensamos que devia ser alguém do hotel] e era o Gustavo, meu mano! Meooo, eu nunca vou me esquecer da cara dele quando me viu e da possivel cara que fiz quando o vi, corremos pro abraço! :D
Depois... descemos pra almoçar, mas antes encontrariamos a Iara e o Nando, a Iara tava vindo de Aracajú. ^^ Ficamos na porta do hotel esperando e da que a pouco vejo um casal lindo vindo de mãos dadas pela calçada. A menina com um jeito de quem tava sem gracinha, mas feliz, pensei: "são eles!". E eram! Mais abraços apertados e sorrisos infinitos - eu conheci a minha flor Iáh! =D
Fomos para um restaurante massa e depois para o Ibira, a essa hora meu coração tava tão feliz que eu nem sei como descrever.


Quando estavamos chegando na "Aranha Amelística" eu e Gustavo iamos saltitantes, literalmente, quando vi o grupinho "olha elas lá!". Foi quando alguém também nos viu e a Ni se virou e gritou "a Maaaaaaaah" e veio correndo pra um abraço que eu nunquinha que vou esquecer. Abraço de Tata. Depois veio aquele sorriso lindo da Rafa, minha Rah. A carinha assustada de vergonha da Bê, a Lenda. A Nina Flor, pra variar, dando piruetas, estrelas e etc etc e a Lombx, que eu pouco conhecia e pra minha surpresa também estava lá, assim como a Alê, que apareceu depois. Tudo isso foi seguido de abraços e o meu coração já quase saindo pela boca de tanta felicidade!
Foi um encontro lindo! ^^


Depois... começou a sessão despedida... mas, essas partes eu vou pular porque era pura choradeira. :p
O dia nem acabou aí, ainda teve o show do TM..
Fomos pro show, eu e Ni e lá encontrariamos a Bê, e eu encontraria a Dani, minha amiga, e mais os amigos dela que também eram meus, [mas não conhecia pessoalmente ainda] dentre eles Thi, que ainda não era da comunidade, nem sabia da existencia, eu acho haha.
Mas, chegando lá encontramos foi uma fila anormal e gisgantesca e furamos ela hahaha pois tinha um amigo da Ni nos esperando.
Lá dentro, só alegria! Antes do show começar encontrei o Edu, Edu Poulain que agora é Duardo Allende, e quando o show começou... Quem já foi num show do TM do CD "Só para Raros" sabe a magia! Foi um misto das melhores sensações do mundo.


Acho que é isso. Esse foi um dia mágico... e isso aí, por parível que increça, foi só um resumo. Tenhos mil outras pequenas e grandes lembranças que passam como filme na minha cabeça, e com certeza na de quem mais estava lá.
Foi o primeiro de muito encontros com meus amores de SP que estão e sempre estarão no meu coração e na minha vida.
Sempre me lembrarei desse dia e de todos os outros!
Amo vocês.
Espero que minha historinha não esteja muito chata de ler. Não me acho boa nessa coisa de escrever, mas quis arriscar pra contar um pouquinho de um dia que é MUITO especial pra mim. Mas, talvez não tenha tanta graça pra quem não estava lá.

Entrei na PAP numa época que estava me esquecendo da importancia das pequenas coisas que o mundo nos oferece e graças a essas pessoas da comunidade, que hoje são amigos muito importantes pra mim, eu voltei a ver e acreditar em tudo de lindo que tem diante dos nossos olhos.
Agradeço a todos vocês que foram citados nesse texto e a todos os outros que não foram, pois conheci depois, mas que sabem que tem seu lugar no meu coração.
Obrigada.
Obrigada.
Obrigada.
E, pra que não esqueçam, repito: amo vocês!

Anão viajante andarilho estelar

Por Duardo Allende


Acredito que não há problema em falar que conheço bem o Chile, só este ano foram 7 visitas para o outro lado das cordilheiras. Eu tenho motivos além dos turísticos para visitar tanto este país grande e magro, que me abraçou desde a primeira vez. Desta ultima vez que estive na cidade, tive uma companheira de viagem que conheci na comu da prazeres e que hoje até mora comigo; Aline Handam,. Chegamos na cidade e nos hospedamos em Santiago viejo, parte mais antiga e boêmia da capital.




Minha primeira parada sempre é o bar “La piojera” ou algo como “A piolhenta” em português. Lá é o lugar para beber o drink chamado terremoto que já me fez sambar, tirar a camisa ( termômetro marcava 7 graus) e beijar umas MENINAS por lá. Depois do quarto copo você começa a entender porque o nome da bebida, além do chão tremer ele faz um estrago para sua reputação. Nada pior que ficar com fama de hetero, baby.
Santiago, sendo uma cidade moderna, tem aos montes bons museus, cafés com pernas ( garçonetes assanhadas com toda a perna de fora ) e circo na praça com violino para os alternativos. Tem os chilenos que não são tão deliciosos assim ( eu conheci o melhor de todos e já é meu), mas dá para fazer um bom proveito depois que você bebe alguns copos de pisco sour e acorda com a mãe de um Santiaguino gritando do seu lado que a casa dela é um lar sagrado e não permite aquilo.
Cuidado com as gafes! Evite falar de Pinochet, que as chilenas são todas com rosto largo, que os homens tem unhas sujas. Não faça cara feia quando assoarem na mesa ou pegarem sua comida com a mão. Sorria sempre; isso pode te render algumas contas em restaurantes pagas por sua companhia chilena ou simplesmente uma puxada de assunto de um estranho.
Se você for da pimenta e deseja provar o tempero chileno além da comida, deixo a dica: Motel é coisa rara por lá, os poucos que tem são com varias camas de solteiros para eventuais surubas e depois cada um dorme na sua cama. Não faça a linha vagaba, todo chileno gosta de respeito ( apesar do motel estranho), raramente se deita com alguém só por sexo. Não estranhe um buquê de flores para você no dia seguinte.

Liberte-se, jogue-se mesmo. Nunca deixe de olhar para as cordilheiras no pôr do sol, você vai se libertar e cantar: Gracias a la vida, que me ha dado tanto...
Boa viagem.
Next stop: Valparaiso de mi corazon.

Na ciranda da vida...


Em cada movimento leve da ciranda,a gente vai tentando não perder o passo,o compasso. Difícil se manter firme na corda bamba da vida... difícil se manter no ritmo da ciranda mesmo ela sendo tão leve. Tem dias que a gente sai do prumo,perde o rumo, fica sem equilíbrio : esse sutil estado da alma que nos mantém firmes no mundo, dançando de acordo,andando na corda bamba da vida...
É a inconstância de movimentos que torna a vida o que ela é em si,é nessa linha ténue entre se manter em equilíbrio ou perde-lo que a vida se torna mais interessante, a constante mudança e o constante desejo de se manter firme que nos impulsiona para sermos sempre protagonistas da vida e não meros expectadores...

Meus Prazeres na Amelie

O maior prazer que a comunidade trouxe a mim, foi conhecer pessoas.
De todos os tipos, de todos os cantos do país, de idéias opostas, de idéias semelhantes.
O prazer de dividir coisas com alguém que você nunca viu, ali por uma janela de msn, ou por um tópico. O prazer de ouvir pela primeira vez a voz desse novo amigo, a expectativa de encontrá-lo pela primeira vez. Relembrar a infância e desenhar um coração para levar junto a ti todos os amigos que te acompanham. Fazer planos de viagens pelo país.
Fazer coisas da infância, adolescencia, e outros tempos felizes de nossas vidas.
E a confiança que se adquire nessas pessoas, viajar para longe da sua casa e se hospedar em um amigo 'virtual'. Não é bem assim que o mundo fora da Amelie funciona.
Confesso que antes de conhecer as pessoas tive medo, dos 'ladrões de órgãos' (rs) e todas essas coisas que vemos por aí. Mas o interessante das pessoas dessa comunidade, é que elas são no real como são no virtual, o que torna as relações boas e prazerosas.

A hora do cansaço


(1984 - CORPO: CDA)

As coisas que amamos,
as pessoas que amamos
são eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável
no limite de nosso poder
de respirar a eternidade.

Pensá-las é pensar que não acabam nunca,
dar-lhes moldura de granito.
De outra matéria se tornam, absoluta,
numa outra (maior) realidade.

Começam a esmaecer quando nos cansamos,
e todos nós cansamos, por um outro itinerário,
de aspirar a resina do eterno.
Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restituímos cada ser e coisa à condição precária,
rebaixamos o amor ao estado de utilidade.

Do sonho de eterno fica esse gosto ocre
na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar.

TOP 10 [FILMES-Nina Flor]


1. Cubo [filme canadiano de 1997 realizado por Vincenzo Natali- drama]
2. Dogville [filme sueco de 2003 e dirigido por Lars von Trier- drama, horror, ficção científica, suspense]
3. Hair [filme estadunidense de 1979, do gênero musical, dirigido por Milos Forman- musical]
4. Sociedade dos poetas mortos [filme estadunidense de 1989, do gênero drama, dirigido por Peter Weir- drama]
5. Grease [EUA, produzido no ano de 1978 dirigido por Randal Kleiser- musical]
6. O rei leão [filme animado de longa-metragem da Walt Disney Pictures, lançado em 1994- animação-épico]
7.Flashdance [filme estadunidense de 1983,por Adrian Lyne- Romance muiscal]
8. Os miseráveis [estadunidense de 1935,de Richard Boleslawski- drama]
9. Minha vida em outra vida [filme estadunidense de 2000, dirigido por Marcus Cole- drama]
10. Anjos do sol [filme brasileiro 2006, de Rudi "Foguinho" Lagemann- drama]


não segui uma ordem... Só coloquei dez filmes para essa semana! (que eu amooo)

top 10 (filmes cults)


1) A insustentável leveza do ser.(adaptação do livro de Milan Kundera)

2)Pierrot le fou. (Jean-Luc Godard) * No Brasil recebeu o titulo de : O demônio das 11 horas.

3)Veludo azul.(David Lynch)

4)Donnie darko. (Richard Kelly)

5)Laranja mecênica. (Stanley Kubrick)

6)O livro de cabeçeira.(Peter Greenaway)

7) As virgens suicidas. (Sofia Coppola)

8)Gaviões e passarinho. (Pier Paolo Pasolini)

9)Saló,120 dias em Sodoma. (Pier Paolo Pasolini)

10)Nós que aqui estamos por vós esperamos.(Marcelo Masagão)



quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Top 10 do Markynhu



Escolher um top 10 é sempre complicado; mas no momento são essas.


clique e baixe

terça-feira, 22 de setembro de 2009

sobre quantidades...


"Para quem não tem nada,metade é dobro"

(Leilane Queiroz,do clube da luluzinha)

Filosofias do Le Moulin (1)

"São tempos difíceis para os sonhadores." (da personagem Eva, de 'O Fabuloso Destino de Amélie Poulain')


lev ia no coração.



sôrrato, atêiro.
manso, moleque, arteiro.
de pé, de chão, menino, não.

de muro pulado, joelho esfolado, chinelo sujo jogado.

pro hoje, mudado. atarê-(sa)-fado.
trocou estilingue, por pasta na mão.

trocou seu amor, sua linda flor...
por três meiamôres, três novos sabores, que juntando, não davam uma só canção.

se fez de forte, (re)aleza.
passa pela vida, só por passar.

apagou passado, passo, dado, peão,
bola, gude, pique-esconde, polícia-e-ladrão.
reescreveu uma vida, seguiu em frente,
esqueceu-se daquela canção.

cantarolava menina-flor, com os olhos transbordando pequenices, meninices e amor:
'vai-te embora, meninôço. levas contigo essa nossa canção. não te esqueças que na verdade, lá fora é faz-de-conta. podes me achar uma tonta, mas te prometo: se fores e voltares, será todo teu meu coração.'



[por Jé-Tchu-De-Cuiabá]

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Sobre opostos e/ou a morte do girassol




Sentou-se no corredor do quinto andar lendo Eclesiastes "Tudo tem seu tempo e há tempo para todo propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer e tempo de morrer. Há tempo de plantar e tempo de colher o que se plantou. Tempo de chorar e tempo de rir. Tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras. Tempo de prantear e tempo de dançar..." Parou nessa frase. Pensava: "Prantear... palavra engraçada."Ficou com isso na cabeça. Se estava escrito plantar e colher, antônimos... Porque prantear e dançar? Sua cabeça não parava de pensar nisso. Opostos, antônimos. Achou, então, que ela era o antônimo de tudo.

Se tudo tem seu antônimo e ela nunca havia visto o seu... Se achou oposta a tudo. "Tudo não é oposto de nada. Tudo é oposto de mim."Riu sozinha e voltou os olhos pra esquerda. Observou a porta do apartamento de D. Margarida, a vizinha rabugenta. " D. Margarida é o oposto de... de... de flores!" Riu mais uma vez. Segurou os pés sem meias que tocavam o piso do corredor frio. "Frio é oposto de sexo." Tampou a boca, como se alguém a tivesse ouvido falar aquilo. Olhou para os lados para ver se não vinha ninguém e gargalhou.

Ouviu passos de alguém que subia as escadas. Baixou o olhar e ficou apertando a caneta que segurava em sua mão esquerda. Viu Sr. Antônio passar e dizer: "Menina, sai da friagem.Vai pegar uma gripe." Sorriu e disse "Vô, não, seu Antônio... vô não." E acompanhou com os olhos Sr. Antônio desaparecer no fim do corredor, onde a escada começava, logo depois da curva.Continuou com o pensamento dos antônimos. O que seria o contrário de água? "Fogo, claro!... Não, não... fogo não! É... É sal! Água hidrata e sal desidrata." Pensou em como seria regar os girassóis e tulipas com sal, até eles morrerem. Lágrimas caíram de seus olhos. "Não quero que minhas flores morram... não quero."

Ouviu a porta do apartamento se abrir, era sua mãe que havia ido chamá-la pra almoçar. Ela a viu sentada chorando... "Mãe, não quero que minhas flores morram! Vamos colocar água nelas todos os dias, toda hora!". A mãe passou a mão pela sua cabeça e lhe disse baixinho: "As flores têm de morrer, filhinha. Só assim elas dão espaço pra que outras flores nasçam e te façam sorrir. Entende? Elas têm que morrer." Ela entendeu. Entendeu que morte é sinônimo de sorriso. Que pra que ela sorrisse, suas flores precisavam morrer. E entendeu, também, que antes do sorriso as lágrimas aparecem... Mas elas aparecem pra regar sua face e germinar sorrisos.

estranho mundo - parte três

perdeu alguma coisa? parte um - parte dois
ele disse olá. patrick olhou pra aquela menina parada em cima dele e a primeira palavra que disse foi olá, ajeitando os óculos. naquele momento ele não se importaria se estivesse com todos os ossos do corpo quebrados. e era bem possível que estivesse. aquela menina poderia permanecer cantando assim durante horas no seu ouvido que patrick não iria reclamar. estava acostumado com a voz taquara rachada de sua mãe, e com aquelas perguntas todas que os professores faziam e ele não sabia responder, que o som que vinha de dentro daquela menina parecia sair de uma caixinha de música. patrick tinha acabado de ser atropelado por uma bicicleta e rogava pela alma de leonardo da vinci pela invenção daquele engenhoso veículo, que parecia ter sido feito única e exclusivamente para uni-lo àquela menina.
patrick fechou os olhos e com um sorriso no rosto começou a lembrar de todas as coisas boas que já haviam acontecido em sua vida, e não se lembrava de um momento tão prazeroso como aquele. lembrou de como gostava de espremer bolinhas de plástico e de ficar pulando com os pés descalços sobre a grama do parque da cidade. e de como era bom tomar banho de chuva em dias de verão e daquela sensação de ser abraçado por todo mundo quando fez um gol pelo time da escola pela primeira vez, após ser escalado por engano depois que o professor de educação física lhe confundiu com um outro rapaz. mas nada se comparava ao fato de estar grudado àquela menina, sentindo o suor escorrer pelo corpo de alguém que havia pedalado quatro quilômetros só pra poder esbarrar com ele.
quando patrick abriu os olhos tentando absorver o prazer daquele momento com todos os sentidos que haviam em seu frágil corpo, pode perceber que a menina havia parado de cantar. e foi nesse instante, que deve ter durado uns três ou quatro segundos até que ele se desse conta de que deveria falar alguma coisa, que o menino disse olá, ajeitando os óculos. eleanor não respondeu. ficou parada observando patrick tentando decifrá-lo como um enigma. talvez ele não passasse de um adolescente tentando perder a virgindade com a primeira mulher que esbarrasse de bicicleta com ele. ou talvez aquele menino fosse um presente de aniversário dado pelo destino, que há tanto tempo havia virado as costas para ela. e assim os dois permaneceram em silêncio, até que a sirene da escola explodisse avisando que a primeira aula do dia estava pra começar.
- eu me chamo eleanor. igual a eleanor rigby dos beatles, só que sem o rigby!
por um instante passou pela cabeça de patrick a possibilidade de sair correndo em direção a qualquer lugar. sentia o seu corpo tremendo diante daquela menina, como se ele tivesse quebrado os ossos da costela. mas não havia dor. estava apreensivo; nervoso. sentia uma necessidade absurda de falar alguma coisa, mas tinha medo que aquela menina pensasse que ele não passava de um completo idiota. queria uma dessas frases que impressionam. queria causar uma boa impressão. mas tinha vergonha de garotas.
- o meu nome é patrick.
foi a única coisa que conseguiu sair. aquela frase idiota. o meu nome é patrick! qualquer criança boboca de quatro anos conseguiria falar aquilo. e além disso o seu rosto estava vermelho, como se todo o sangue do corpo tivesse se movido para a cabeça. chegou a ficar com medo de que aquela queda tivesse lhe causado alguma espécie de traumatismo craniano ou qualquer coisa do tipo.
foi quando a menina disse com uma doçura na voz que muito provavelmente eternizaria aquele momento por noites de sono mal dormidas - eu sempre sonhei em conhecer algum garoto que se chamasse patrick - e sorriu. patrick poderia jurar que conseguia ouvir all you need is love tocando como se a música estivesse saindo de dentro da menina. e então, interrompendo aquele momento de ternura, uma nuvem negra pairou sobre o corpo daqueles dois jovens estudantes jogados um sobre o outro no pátio de um colégio da américa latina. patrick estava com medo.