Escrito por: Monique Burigo Marin
Não fosse por ela e alguns pombos inquietos o parque estaria completamente deserto. O banco embaixo do salgueiro chorão encontrava-se solitário, vazio, descascado. Era, portanto, perfeito para ela, refletia seu próprio estado de espírito. Sentou-se no lado direito quase caindo pelas bordas do banco, e ficou a olhar para os próprios pés... Não lhe diziam nada, eram silêncio como todo o resto.
O vento soprou mais forte fazendo as folhas do salgueiro balançaram, tocaram-lhe o rosto provocando o riso gostoso de quem há muito não ri. Por alguns instantes chegou a pensar que fosse alguém tentando pregar-lhe um susto. Só por alguns instantes chegou a acreditar que voltara no tempo. Pode ver e ouvir os amigos por perto, até sentiu o cheiro das jujubas que compartilharam ali todos os dias após a aula. Mas, como tudo o que é bom na vida, os instantes passaram rápido. Ela voltou a estar só... Sem saber como ser só.
Deitou-se no banco porque assim preenchia melhor o vazio, contemplou o céu entre os galhos e folhas e distraiu-se com os desenhos das nuvens. Aos poucos o vazio foi diminuindo e virou vapor de sonhos fervendo na panela. Perguntou-se se mais alguém em algum lugar do mundo podia ver o que ela via: um céu azul como plano de fundo, crianças pulando em uma amarelinha infinita e incontáveis sorrisos sinceros. Tudo feito de nuvens e recordações.
Passado algum tempo levantou-se e apanhou um graveto que estava caído no chão, caminhou um pouco até encontrar o campinho de futebol que como tudo, parecia abandonado. Desenhou ali sua amarelinha. Pulou até chegar ao céu.
Às vezes, tudo o que se precisa é uma dose de solidão. Uma só que é para não enjoar, que é para ninguém tornar-se hipocondríaco.
O vento soprou mais forte fazendo as folhas do salgueiro balançaram, tocaram-lhe o rosto provocando o riso gostoso de quem há muito não ri. Por alguns instantes chegou a pensar que fosse alguém tentando pregar-lhe um susto. Só por alguns instantes chegou a acreditar que voltara no tempo. Pode ver e ouvir os amigos por perto, até sentiu o cheiro das jujubas que compartilharam ali todos os dias após a aula. Mas, como tudo o que é bom na vida, os instantes passaram rápido. Ela voltou a estar só... Sem saber como ser só.
Deitou-se no banco porque assim preenchia melhor o vazio, contemplou o céu entre os galhos e folhas e distraiu-se com os desenhos das nuvens. Aos poucos o vazio foi diminuindo e virou vapor de sonhos fervendo na panela. Perguntou-se se mais alguém em algum lugar do mundo podia ver o que ela via: um céu azul como plano de fundo, crianças pulando em uma amarelinha infinita e incontáveis sorrisos sinceros. Tudo feito de nuvens e recordações.
Passado algum tempo levantou-se e apanhou um graveto que estava caído no chão, caminhou um pouco até encontrar o campinho de futebol que como tudo, parecia abandonado. Desenhou ali sua amarelinha. Pulou até chegar ao céu.
Às vezes, tudo o que se precisa é uma dose de solidão. Uma só que é para não enjoar, que é para ninguém tornar-se hipocondríaco.
3 comentários:
ótimo texto! adorei essa parte: "ode ver e ouvir os amigos por perto, até sentiu o cheiro das jujubas que compartilharam ali todos os dias após a aula."
lindo, me fez viajar...
juro que ate me senti num banquinho de praça em um sábado a tarde, apenas vendo o tempo passar.
"Às vezes, tudo o que se precisa é uma dose de solidão. Uma só que é para não enjoar, que é para ninguém tornar-se hipocondríaco."
Que lindo!!!
é muito verdade isso,estar sozinho,mesmo que só um pouquinho, faz até bem!
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