quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Pic Nic da Dó- uma historinha cheia de realidade.


- Dora, quer ir conhecer São Paulo? – gritava meu tio do quarto enquanto eu estava no computador conversando com a minha família Poulain. Na hora desliguei tudo e sai correndo feito uma louca para dizer que simmmmm. Depois fui correndo avisar ao povo da minha súbita decisão de conhecê-los, daí começou a contagem regressiva e os preparativos pro picnic da Dó, tópico aberto na comunidade e ansiedade pulando do coração feito pipoca na panela, mas a data não era nada convencional, 11 de maio de 2008 : Dia das Mães. Cheguei a São Paulo dia 9, aproveitei para passear com meu tio, conhecer alguns lugares, fazer compras na 25 de março e me morder de frio na cidade cinza, como sou uma pessoa atenciosa, esqueci o único casaco que tinha trazido pra viagem no táxi, então eu sei o que é o frio de Sampa. Durante esses dias, mensagens no celular criavam em mim uma expectativa que não me cabia. Chegada a manhã do dia 11 de maio, meu Tio saiu bem cedinho para ir fazer uma prova e me deixou no hotel, menina criativa e medrosa que sou não contei a ele sobre o picnic com pessoas desconhecidas fisicamente, mas amadas por anos e meses. Tenho uma amiga de salvador que agora mora em Sampa, então resolvi inventar uma historinha de que passaria o domingo no Ibirapuera- o que não foi mentira- e que ela viria me pegar no hotel, mas ao invés dela, lá embaixo me esperava a Rafa e a Andressa, meus olhos não sabiam a cor que ficavam e o meu coração palpitava com uma alegria, as borboletas no meu estômago tomaram formas e movimentos que não saberia descrever, o primeiro abraço na minha Rafita, aquele apertado que não se quer largar, mas ainda tínhamos que pegar o metrô e encontrar com o Alex, depois fomos andando num passeio tão agradável e demorado, mas por volta das 12hrs chegamos no Ibira, meus olhos brilhavam tanto. 
Num cantinho quieto estava o amelístico mais biruta que eu conheço o Isra. No primeiro momento aquela vergonhinha boba, mas depois nada disso importava só em estar ali, vergonha de nada serviria, nesse meio tempo distribuí fitinhas do Bonfim pra todo mundo, amarrei, dei nó e ainda fiz pedidos. Nessa conheci a rê, a caxi- calça quadiculada, a gabi que eu tinha conhecido antes e troca cartinha, a leny- que me deu um pirulito açucarado do kerupi, o gus de santos, a lombis dumal, a nina flor, a Paula, a iara que no dia estava bem quietinha, a nina- que meu deu o Dóni, nosso au-au de pelúcia, vini vinagrete e um mais uma figuras que não me saem da cabeça, nem do coração.
Sobre a Nina, a gente se falava muito e há muito tempo, logo que cheguei ao Ibira ela não estava lá, fiquei apreensiva esperando por ela, a minha Ninoca, do nada surge uma branquela com um sorriso de meia-boca, foi falar com todo mundo e me deixou por último, mas aquele abraço está em mim até hoje, só de lembrar o carinho que recebi vem em mim umas lágrimas que só a saudade me faz criar. Fanta na caneca da gabi e o bolo da Rafa com canela- que eu nem comi, fã de canela não sou. Mas as batatas-fritas marcaram o picnic, até colar de pacotinho rolou. 
Um dos acontecimentos mais celebres da tarde nublada foi o salvamento da paçoca, a coitada foi submetida a um montinho inesperado vindo de uns loucos que tratam bem as suas visitas e as batizam com um belo e alegórico montinho, mas eu como uma boa samaritana salvei a paçoca e assim serei lembrada para todo o sempre, digno de uma epopéia minha história coma paçoca. Quem não se lembra do - Dora, me namora? Campanha feita em pró de uma boa ação, eu namorar todo mundo, geral. Eu acabei aceitando ao pedido dos amelísticos.
Na hora de ir embora, uma pose para foto no meio da rua na pegada Beatles forever ande ever e meu tio achando que eu estava num passei familiar, coitado dele, nem imaginava as presepadas que eu era obrigada a fazer, depois dos Beatles uma longaaaa caminhada até o paulista, que eu ainda não conhecia, no caminho tinha um MASP e um livro que o Alex que deu, não terminei de lê-lo até hoje, mas enfim...no meio do passeio Mário liga dizendo que tinha acabado de chegar no Ibira, foi assim que eu perdi a oportunidade de dar um abraço num dos amelísticos mais queridos, tem certas coisas que precisam de tempo pra acontecer. Noite chegando e à hora de ir embora também, os abraços inacabáveis, uma tristeza em saber que aquele momento jamais voltaria e não saberia eu que isso se repetiria um ano depois, exatamente há um ano depois eu voltaria e os encontraria de novo, não mais como somente uma amelística visitante, mas sim como parte de uma família que foi formada a partir de uma mocinha que já ajudou e ajuda muita gente estranha a se desentranhar e amar junto, a saber, compreender o amor sem contato, o amor sem tato, apenas o afeto guiando os coração separados por milhas de distância geográficas e psicológicas, mas assim de uma forma humilde e descomunal nos dias de hoje, nascem amores incontáveis, afetos descabidos de interesse e principalmente corações mais felizes e livres de qualquer sentmento contrário ao bem, assim foi o meu primeiro picnic e assim serão todos os outros que virão para mim e para vocês.

7 comentários:

Rodrigo da Silva disse...

Parabéns pelo post! ;)

ariela disse...

cada história mais linda que a outra

Rafa disse...

primeiro abraço? oi? /fiu

Irrelevante disse...

nem fui importante mas enfim eu tava lá né?

Ni disse...

"Ninoca, do nada surge uma branquela com um sorriso de meia-boca, foi falar com todo mundo e me deixou por último, mas aquele abraço está em mim até hoje, só de lembrar o carinho"///Chorei.

Te amo Dó.
saudades
Beijo
Ni.

Rael disse...

ODEOS! Isso parece q foi ontem, lembro q não falei contigo direito, mas eu adorei t ver, carrego essa foto pra todos os picnosos q frequento! :D
Saudades demasiadas.
abraços abraçantes e palavras silenciosas... mas com muito amor.

Isadora disse...

nina flor rainha do ciúme, todo mundo foi importante ô, muito mesmo! ^^ amo demais vocês